O mês de Junho põe Portugal em festa: a 13 é Santo António, a 24 São João e a 29 São Pedro. A denominação de santos “populares” é tradicional e exacta: os Santos de Junho são, com S. Sebastião, os mais festejados em Portugal.
As festas de S. António e S. João são, segundo os estudiosos, “festejos da existência”. Por isso eles são casamenteiros.
Independentemente dos conteúdos especificamente cristãos que lhe estão associados, as festas dos santos populares são o pretexto para evocar e exaltar a vida que o sol, no solstício, traz consigo. Esta é efectivamente a conotação primeira da celebração, aquela
que, de resto, tem mais ressonâncias antropológicas. Basta recordar que, pelo S. João, se fazia em muitas localidades do país uma fogueira que impedia o sol de esmorecer no seu esplendor.
As festas populares de S. António, S. João e S. Pedro, estão, pois, enquadradas por um vasto mundo de referências que as relacionam com significados que, pouco tendo de cristão, são certamente tradicionais.